inhambupePequenos, médios e grandes produtores (cerca de 100 pessoas) reunidos com um só intuito: ampliar os conhecimentos para a melhor utilização da madeira plantada para fins comerciais. Foi assim que o Time Agro Brasil da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), promoveu o primeiro Dia de Campo, do Programa Mais Árvores Bahia, no município de Inhambupe, em 08/07/15, na Fazenda Salgado – Centro de Tecnologia Florestal/Copener (46 km de Alagoinhas, Litoral Norte).

Presente na parte da manhã, conferindo as palestras “Manejo Florestal para Usos Múltiplos da Madeira” e “Gestão da Propriedade Rural”, o prefeito de Inhambupe, Benoni Leys disse que era um prazer receber no município um evento tão importante como esse. “É fundamental discutir as formas de aproveitamento do eucalipto, já que temos grandes áreas produtoras. Dessa forma todos são beneficiados, desde os grandes produtores, os médios e os pequenos”, disse.

O Secretário de Agricultura de Inhambupe também esteve presente e ressaltou a importância da utilização da madeira plantada para a preservação do meio ambiente. “É fundamental a preservação da mata nativa, mas precisamos de madeira para muitas áreas, a exemplo da produção de energia até mesmo para outros pequenos e médios empreendedores, como padarias, olarias etc”.

Para o parceiro local do Programa Mais Árvores Bahia (uma iniciativa da ABAF e diversos parceiros que trouxe o Dia de Campo para a Bahia), Dorival Fonseca, presidente do Sineflor, a região do Litoral Norte já está madura para um projeto como este. “Precisamos, no entanto, da boa vontade das empresas produtoras em fornecer madeira para esse uso múltiplo. Assim, vamos incrementar a integração da sociedade com o eucalipto”, analisou.

Parceiro desde o início da construção do Mais Árvores Bahia, Djalma Henrique Júnior, consultor do SENAI, também reforçou a importância da iniciativa e da preservação da madeira nativa. “É importante que a área de móveis em todo o Brasil e na Bahia utilizem cada vez mais das madeiras plantadas e não mais as madeiras nativas que estão acabando. E para esse segmento econômico continuar vivo precisamos dessa madeira plantada. Nós estamos trabalhando, juntamente com a ABAF e o SEBRAE, com o projeto para atender esses produtores de móveis na região de Teixeira de Freitas, mas há a possibilidade de se expandir por toda a Bahia. Essa iniciativa é o pontapé dessa expansão”.

A gerente de Encadeamento Produtivo do SENAI, Edisiene de Souza Correia, informou que a inclusão do SENAI nesse evento serve para entender quais são as demandas da parte da silvicultura, da ampliação das áreas florestais aqui da Bahia, para poder apoiar a parte de madeira, mobiliário e licenciamento ambiental que fazem parte do setor. “É o desenvolvimento da cadeia produtiva como um todo, desde ao agricultor que disponibiliza a área para o plantio de florestas, o aproveitamento das toras que vão para madeira, carvão, pequenas indústrias ou pequenas marcenarias fomentando assim toda a economia da região”.

Produtor da região de Alagoinhas, José Bispo dos Santos, achou as palestras e a visita ao campo muito interessantes. “Dependemos dos grandes produtores de eucalipto para que o pequeno produtor possa ter mais espaço. Não temos terras suficientes para produzir, mas com esse apoio dos grandes, ganharíamos a condição de aproveitar cada palmo de chão beneficiando a todos”, declarou.

O diretor da Associação de Jovens Empresários da Bahia, João Pedro Bahiana, também administra uma propriedade rural da família em São Gonçalo dos Campos, onde tem pecuária, mas tem interesse em um projeto de silvicultura. “Acredito que é a grande tendência do momento, tanto em termos econômicos, quanto de sustentabilidade”, disse.