Dobrar a área plantada de eucalipto na Bahia, dos atuais 700 mil para 1,4 milhão de hectares, intensificação do uso múltiplo dessa matéria prima, maior inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira, pleno atendimento à demanda dos mais importantes segmentos da economia (incluindo o mineral, papel e celulose, construção civil, projetos de energia (biomassa) e pellets, processamento de grãos e fibras etc.), descentralização da economia do estado, gerando mais empregos no interior. Esses são alguns pontos do Plano Bahia Florestal 2033, apresentado pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf) ao secretário de estado da Agricultura, Wallison Tum, em audiência realizada nesta segunda-feira, dia 17/04, na sede da Seagri, em Salvador.

Na Bahia, o setor representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega mais de 220 mil pessoas, com cultivos em todas as regiões do estado, destaca Wilson Andrade, diretor executivo da Abaf. O plano, lançado em 2022, tem como referência outras iniciativas semelhantes, a exemplo do Mato Grosso do Sul que, em 10 anos, passou de 300 mil hectares de florestas plantadas para 1,3 milhão e acaba de lançar novo planejamento para a próxima década.

No encontro, o secretário Wallison Tum reconheceu a importância do setor para o agronegócio baiano, “não só por aquilo que ele representa para o próprio setor florestal, como também para áreas como as indústrias alimentícia, farmacêutica, de higiene, além dos setores agrícolas e de energia, que dependem de soluções envolvendo a madeira, folhas e óleos para entregar seu produto final”. Também participaram da apresentação do Plano Bahia Florestal 2033 os representantes das empresas Bracell, Altair Negrello Jr. e Fernanda Rodriguez; Ferbasa, Claudiney Pedrosa; e Suzano, Joice Grave Barreto.

Para o secretário de estado, a iniciativa do plano vem em boa hora, tendo em vista que, ao dobrar a área plantada de florestas, serão criados novos postos de trabalho, sobretudo no interior, e haverá maior arrecadação de impostos. Agora, a ABAF pretende construir um grupo forte e diverso para trabalhar a proposta de forma conjunta com a Seagri e outros órgãos, como a Federação da Agricultura da Bahia (FAEB), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Sebrae Nacional e Bahia, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Bahia (MAPA/BA), Desenbahia, Banco do Nordeste, academia, entre outros.

 

Texto: Ascom/Seagri

Foto: Ascom/ABAF