O setor de base florestal na Bahia se uniu para criar em 2004, uma representação forte e atuante: a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal - ABAF. Foi o passo inicial para um novo posicionamento, que se consolida a cada ano, e tem como meta primeira contribuir para que o setor que representa se desenvolva sobre bases que respeitem os preceitos do ESG - sigla em inglês para boas práticas ambientais (E), sociais (S) e de governança (G).
Para isso, foi preciso atuar para além da própria cadeia produtiva: dialogar com as comunidades direta ou indiretamente influenciadas pela atividade de base florestal, com a sociedade civil organizada, com a academia, com os Governos e parlamentares para sedimentar os alicerces para um crescimento ordenado e virtuoso. Essas práticas fazem parte de uma atividade constante, uma vez que há sempre novas demandas e frentes de atuação em um segmento pulsante como o de florestas.
O setor de base florestal produz e processa madeira para diversos setores que demandam madeira nos seus processos produtivos, a exemplo da construção civil, da indústria de papel e celulose, a metalúrgica, energia de biomassa, a secagem de grãos do agronegócio, madeira e móveis, entre outros. A madeira utilizada é plantada e é considerada uma matéria-prima renovável, reciclável e amigável ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana.
A cada ano cresce a influência da ABAF que, atualmente, mantém representações em mais de 40 conselhos e entidades estaduais e federais. Além disso, um dos principais objetivos da associação é a maior integração de pequenos e médios produtores – e processadores – de madeira plantada para seu uso múltiplo.
A força da ABAF, porém, vem da participação das empresas associadas e também das associações regionais em cada polo produtor do estado que, por sua vez, representam e congregam produtores individuais. Da mesma forma, a ABAF em sintonia e integração com as demais estaduais, fortalecem a nossa entidade nacional que é a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
A ABAF representa as empresas de base florestal do estado, assim como os seus fornecedores. Essa pluralidade dá à associação a possibilidade de planejar e agir com respaldo nos mais variados âmbitos e em horizontes largos. Por isso, a ABAF fomenta a pesquisa, investe na coleta e tabulação de dados, a exemplo do relatório Bahia Florestal – lançado a cada dois anos (e disponível no site: abaf.org.br).
Por congregar um setor tão variado e acreditar que a troca de informações e ideias é fundamental para o fortalecimento da associação, a ABAF criou Grupos Permanentes de Trabalho em Legislação (GT-LEGIS) e Comunicação (GT-COM), além de grupos temporários, criados sob demanda. Esses grupos são compostos por representantes das empresas associadas que trazem suas experiências para a formação da visão conjunta dos assuntos analisados e assim, definir posicionamento e tomadas de decisões coletivas.
Também desenvolve campanhas de educação ambiental e de conscientização da sociedade e dos agentes de cada elo da cadeia produtiva, com temas que vão desde o uso sustentável da floresta e seus produtos, até as relações de trabalho. Essas ações contribuem para desfazer muitos dos mitos que ainda pesam sobre o setor e, em contraponto, enfatizam o seu caráter preservacionista e os benefícios sociais que vêm a reboque da chamada Economia Verde que podem e devem ser compartilhados pelo grande público.
Nossos desafios, porém, se mantém e se diversificam. Além de fortalecer a sua própria atuação, chegando a cada vez mais lugares, em um estado de grande extensão territorial e diversidade climática, a ABAF se prepara para uma expansão expressiva do setor, tanto pelo crescimento da população e do consumo, quanto pela entrada, cada vez mais forte, de novas indústrias, em função dos diferenciais competitivos naturais do Brasil e, especialmente, da Bahia.