Plano Bahia Florestal 2033

Em 23 de agosto de 2022, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) lançou a proposta do Plano Bahia Florestal 2033 nos moldes de estudos que alguns estados brasileiros já fizeram, a exemplo do Mato Grosso do Sul (MS) que, em 10 anos, passou de 300 mil hectares de florestas plantadas para 1,3 milhão e acaba de lançar novo planejamento para os próximos 10 anos.

Entre os presentes no lançamento, Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), reforçou a importância da diversidade no setor e em todas as instâncias. “O setor de árvores cultivadas produz e conserva, além de gerar riqueza e oportunidades. É um setor inovador, que tem desenvolvido cada vez novos usos. O desenvolvimento de um plano pode ajudar a tirar travas, incentivar o crescimento econômico e, principalmente, gerar emprego, fazendo do estado mais uma vez exemplo para todo o país”, disse.

“A ABAF é uma organização ligada a temas fundamentais para nosso presente e nosso futuro, agindo na cadeia produtiva florestal que é um setor no qual nosso estado tem tudo para ser grande destaque. Estamos falando em um segmento econômico que trata dos negócios dessa imensa e diversificada área, mas, também, de educação ambiental e sustentabilidade. Temos certeza de que, nos próximos anos, seremos testemunhas de uma grande ampliação da rede florestal na Bahia”, declarou o secretário (da ocasião) de Agricultura da Bahia, Leonardo Bandeira (Seagri), que também acompanhou o evento.

“Essa discussão é oportuna no momento em que cresce a demanda por madeira no Brasil e no mundo. Vale reforçar que a Ibá contabiliza investimentos de R$ 60 bilhões no setor, nos próximos três anos. É preciso que a Bahia esteja preparada para atrair parte desses novos investimentos, seja em ampliações ou novas indústrias. Com isso, poderemos atender a crescente demanda por produtos de madeira, gerando ainda, principalmente no interior, mais empregos qualificados, capacitações, tecnologia, renda, impostos e contribuições ambientais de elevada significância”, completou a presidente da ABAF, Mariana Lisbôa.

Plano para a Bahia crescer

De acordo com o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, o objetivo do Plano Bahia Florestal 2033 é a atração de novos investimentos para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas plantadas no estado, para que a Bahia atenda plenamente sua própria demanda de madeira. “Com isso também vamos intensificar o que já temos feito para o uso múltiplo da madeira e estimular ainda mais a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), a diversificação e a sustentabilidade das atividades rurais com a inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira no estado da Bahia”, explica.

Os objetivos do plano são: adensamento e verticalização da cadeia produtiva de madeira na Bahia; atração de novos investimentos (em ampliação ou novas fábricas); dobrar a área plantada; intensificação do uso múltiplo da madeira; maior inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira; estímulo à Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF); pleno atendimento da demanda de madeira dos mais importantes segmentos da economia do estado (mineração, papel e celulose, construção civil, projetos de energia (biomassa e pellets), processamento de grãos e fibras etc.); contribuir para a maior descentralização da economia do estado; incentivo de investimentos agroindustriais que podem se beneficiar das novas infraestruturas implantadas em torno da Ferrovia de Integração Oeste – Leste (Fiol), da Centro-Atlântica (FCA) e do novo Porto Sul.

A ABAF está trabalhando esta proposta com grupo forte e diverso formado por representantes do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan), Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Também participam a Federação da Agricultura da Bahia (FAEB), a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o Sebrae Nacional e Bahia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na Bahia (MAPA/BA), o Desenbahia, o Banco do Nordeste, entre outras.