A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) lançou o programa “Ambiente Florestal Sustentável” (PAFS) em 2016. Este programa é uma ampliação do “Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda” (PFCLP), lançado pela Agência de Defesa Agropecuária (ADAB) e ABAF em 2015, visando o monitoramento e controle da lagarta parda no Sul e Extremo Sul da Bahia. Após os bons resultados alcançados pelo PFCLP, a aceitação dos diversos stakeholders e das empresas, a ADAB e a ABAF resolveram manter o PAFS, ampliando os tópicos a serem trabalhados.
O PAFS vem trabalhando temas relativos à educação ambiental em diversas comunidades rurais:
- Uso Múltiplo da Floresta Plantada.
- Regulamentação Ambiental das Propriedades Rurais (Código Florestal/ CAR/ Cefir).
- Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF)/Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC).
- Preservação dos Recursos Hídricos.
- Prevenção e Controle de Incêndios Florestais.
- Controle de Gado nas Áreas de Preservação.
- Combate ao Carvão Ilegal.
- Programa Fitossanitário de Controle de Pragas.
- Apicultura para Pequenos e Médios Produtores.
- Caça Ilegal de Animais Silvestres.
Para isso foi elaborado um amplo programa de comunicação e foi montada uma estrutura formada por veículos, equipamentos audiovisuais, campanha publicitária e material informativo – tudo com a logo da ABAF, da ADAB e do PAFS.
Resultados após intenso trabalho desde sua criação (até o momento): o PAFS já percorreu mais de 510 mil quilômetros, realizou 314 treinamentos/palestras em 260 comunidades, instruiu e orientou mais de 14 mil estudantes e produtores rurais de frutas, eucalipto, café, entre outras culturas e visitou mais de 2.600 propriedades rurais do Sul e Extremo Sul da Bahia.
O resultado tem sido muito positivo graças às parcerias feitas com o Governo do Estado, através da Seagri e ADAB; Sindicatos Rurais da FAEB/Senar; Associação de Produtores de Café, Frutas, Pecuária; e Prefeituras, através de suas secretarias de agricultura e meio ambiente. Hoje, o PAFS é citado como modelo de cooperação entre a ADAB e os setores produtivos.
Acesse a cartilha PAFS
A Secretaria da Agricultura (Seagri-BA), através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) e entidades parceiras lançaram, em outubro de 2015, o Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda no Estado da Bahia.
Na ocasião também foi lançada a cartilha sobre o Programa Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda na Bahia que traz informações sobre a praga: biologia, plantas hospedeiras, ocorrência, monitoramento e controle, saúde humana etc. No folder é possível ainda ter informações sobre o programa e contatos para mais informações e apoio técnico. É possível ler a cartilha na íntegra no http://issuu.com/abaf_2014 e no site da ABAF (http://abaf.org.br).
Essa iniciativa veio após a constatação de que nos últimos meses, os plantios de eucalipto, café e de outras culturas localizados no Sul e Extremo Sul da Bahia têm sofrido com o ataque de lagartas, com predomínio da espécie lagarta parda (Thyrinteina arnobia), responsável pelo desfolhamento de plantas. Este inseto é nativo, com presença já registrada ao longo dos anos em 14 estados brasileiros. Especialistas acreditam que mudanças no clima e desaparecimento de inimigos naturais podem estar favorecendo o aumento momentâneo da população deste inseto.
As lagartas – e as mariposas que elas se transformam – ficam normalmente nas áreas de cultivo. Uma das possíveis causas da presença dos insetos nas áreas urbanas é a forte atração que a luminosidade exerce sobre as mariposas. A atração pela luz é, inclusive, utilizada no controle de surtos esporádicos desses insetos por meio da instalação de armadilhas luminosas que atraem e apreendem as mariposas.
Produto – O controle à praga de lagartas nos plantios de eucalipto está sendo realizado com o inseticida biológico à base de Bacillus thuringiensis. Trata-se de um produto biológico, de ocorrência natural, que controla de maneira eficaz as lagartas desfolhadoras. O produto é específico para lagartas, ou seja, não oferece risco à saúde do homem e animais. O mecanismo de ação do B. thuringiensis se dá através da liberação de toxina no sistema digestivo alcalino das lagartas e, por isso, é inofensivo a todos os demais organismos, inclusive aos pássaros que se alimentam das lagartas mortas.
Também não causam efeito de dispersão dos insetos para outros locais fora das áreas de controle. Além disso, preserva os inimigos naturais da praga, permitindo o estabelecimento do equilíbrio natural, assim que rompido o ciclo do surto atual. O produto (que é utilizado há mais de 70 anos) pode ser pulverizado de forma terrestre ou aérea e deve ser realizado sob rigoroso monitoramento de técnicos e de empresas especializadas.
Isso demonstra as práticas responsáveis das empresas para com o manejo florestal, preservação ambiental e respeito às comunidades circunvizinhas às suas operações. Estas iniciativas estão em linha com os padrões normativos internacionais, que orientam o uso racionalizado e previamente autorizado de produtos químicos. As empresas de base florestal estão unindo esforços a outras instituições de pesquisa, extensão e de produtores rurais para buscar soluções coletivas que possam fazer frente ao risco de aumento desta ameaça à produtividade da agricultura na região.
Assista o vídeo da campanha: