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Suzano registra mais de 140 ocorrências de caça irregular em áreas florestais do Espírito Santo e Bahia

Números são referentes aos dez primeiros meses de 2024; 87% dos casos resultaram em desmobilização de armadilhas e recolhimento de acessórios

Ocorrência em São Mateus resultou em busca e apreensão da Polícia Ambiental, que encontrou até um pequeno tatu abatido
12 de Dezembro de 2024

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto, possui um canal direto e gratuito de denúncias em áreas florestais, o programa Guardiões da Floresta, que tem por objetivo, tratar com o apoio das comunidades vizinhas, ações contra o meio ambiente. Um dos temas tratados é a prevenção da caça ilegal, crime ambiental que teve 143 ocorrências em áreas florestais da Suzano no Espírito Santo e na Bahia, em 2024. Apesar de ser um número expressivo – 14 acontecimentos por mês – o resultado indica uma drástica e comemorada redução, já que no ano anterior foram contabilizados 409 casos de caça a animais, uma média de 34 por mês.

“Basicamente, o número que tivemos em 2023 está relacionado a uma mudança de metodologia de monitoramento e coleta de dados, o que foi suficiente para entendermos de forma mais assertiva o problema. Então, comparando com este ano, o reflexo é altamente positivo e demonstra uma redução significativa, muito graças à percepção do caçador de que sua atividade foi identificada. “Quando nosso time localiza e desmonta uma armadilha, o caçador volta, percebe nossa intervenção e não retorna àquela área, pois sabe que está sendo monitorado e isso representa um risco para ele ser autuado em flagrante pelo crime ambiental de caça”, explica Lucio Flavio Gracino, coordenador Corporativo de Inteligência Patrimonial da Suzano.

A Suzano tem compromisso estabelecido com a preservação e restauração ambiental, atuando de forma integrada com instituições especializadas no combate a queimadas e buscando contribuir com a proteção do patrimônio natural brasileiro, incluindo a fauna. Em relação à caça irregular, a empresa se mantém forte no enfrentamento do crime, o que inclui o monitoramento ostensivo, ações operacionais e atuação preventiva em educação ambiental, como é o caso das abordagens dos guardiões junto às comunidades locais. Só em 2024, já foram realizadas 346 abordagens em regiões estratégicas capixabas e baianas, impactando e conscientizando mais de 650 pessoas, somente quanto ao tema da prática ilegal de caça.

Entrando na operação de campo, quando as equipes identificam ocorrências deste gênero, promovem as devidas tratativas, tais como o acionamento policial, a desmobilização de armadilhas ou perigos eminentes e o recolhimento de artefatos de caça, dentre outras, que podem incluir, por exemplo, o resgate de um animal capturado e sua reintrodução em seu habitat natural. Do total de ocorrências identificadas, 95% tiveram tratativas classificadas como de resolução imediata, tendo em vista que são intervenções que impedem que a captura do animal se concretize. Rodrigo Pimentel, Coordenador de Inteligência Patrimonial da Suzano na Bahia, explica o motivo da alta taxa de resolução imediata e as particularidades da identificação e tratativa destes casos.

“O acionamento policial é feito nos casos em que há o flagrante do caçador ou envolve arma de fogo. Então, por protocolo de operação, acionamos a polícia imediatamente para tomar as ações cabíveis. Mas o mais comum é encontrarmos ali um poleiro, gaiolas, armadilhas ou outros artefatos de caça. Então fazemos a desmobilização ou recolhimento e isso impede que o animal seja capturado posteriormente, frustrando a prática ilegal. A depender do artefato, recolhemos e entregamos ao órgão competente, como o IBAMA ou Polícia Ambiental. Nos demais casos, descartamos internamente da forma correta”, finalizou.

Tatu é o principal alvo de caçadores

O tatu é a espécie animal mais cobiçada pelos caçadores capixabas e baianos. A fim de ser utilizado como alimento, o pequenino mamífero costuma ser encontrado em armadilhas durante as ocorrências captadas pela equipe de vigilância florestal da Suzano. Segundo o time operacional da empresa, outros animais que sofrem constantes ameaças são o quati, a capivara, a paca, a corça e o lagarto. Também é possível considerar que 80% dos casos de caça são para consumo, já os outros 20% são para comercialização.

“São raros os casos em que identificamos algum animal aprisionado ou surpreendido pelo artefato que o caçador usa. Nessas situações, ou o time faz a liberação do animal, então desfaz ali a armadilha e reintroduz o animal na natureza, ou quando tem algum tipo de ferimento, o time de campo consulta a gestão operacional da unidade para o direcionamento de como proceder, já que a Suzano possui estreito relacionamento com órgãos ambientais que normalmente dão suporte ao recolhimento, tratamento e reintrodução destes animais. Um lugar que utilizamos muito para entrega dos animais capturados é o Projeto Sereias, em Aracruz”, explica Arilson Siqueira, Coordenador de Inteligência Patrimonial da Suzano no Espírito Santo.

Como realizar uma denúncia?

Com o objetivo de centralizar e agilizar o recebimento de informações cruciais da população sobre ocorrências em áreas florestais, tais como incêndios (principal problema reportado), furto de madeira, caça e pesca predatórias, além de invasões de terras, o Guardiões da Floresta pode ser acionado gratuitamente por telefone ou WhatsApp, por meio do número 0800-203-0000. O canal funciona 24 horas por dia e recebe denúncias de possíveis crimes patrimoniais ou ambientais nas áreas florestais da empresa, sempre garantindo total anonimato do denunciante.


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